quinta-feira, 16 de maio de 2013

Favas estufadas

A vida tem coisas espantosas. Quando era miúda não podia sequer cheirar as favas a cozinharem no tacho, só o cheiro já me deixava mal disposta. Costumava ficar furiosa (amuada, vá) com a minha Mãe por me obrigar a comer arroz de favas!
Desde há uns 3 anos comecei a gostar de favas. Ainda que continue a não gostar do cheiro, troco o mal que cheira pelo prazer que me dá!
Estas favas vieram da casa dos meus sogros, uns 4 quilos talvez. Fiz estas com frango e vou ainda experimentar fazer com camarão. Depois mostro-vos.
 
Deixo-vos a agora o nosso jantar de ontem.
 

Ingredientes (para 2 pessoas):
1 tigela de sopa bem cheia de favas peladas
2 peitos de frango partidos em cubinhos
1 chávena de chá de arroz agulha
Meio tomate grande maduro
1 folha de louro
2 colheres de sopa de vinho branco
1 cebola
1 dente de alho
Azeite, sal, pimenta, e mistura seca de louro e pimentão da espiga

Confecção:
Começar por estalar a cebola e o alho em azeite e de seguida juntar as favas. Acrescentar de seguida as favas, o tomate pelado e partido em pedaços, a folha de louro e o frango. Mexer um pouco, deixar tomar gosto uns 5 minutos de seguida temperar com o vinho, sal, pimenta preta e a mistura da espiga.
Deixar cozinhar em lume médio uns 15 a 20 minutos.
Rectificar os temperos e servir com arroz branco.






































































quinta-feira, 2 de maio de 2013

Arroz de peru (pato style)

Roubar é uma coisa que me deixa fora de mim. Gostava de conseguir entender o que vai na cabeça desses vadios. Deverão achar que quem trabalha arduamente tem obrigação de os sustentar? Acharão que nós somos os parvos e eles os inteligentes?
Isto vem a propósito de uns tios que tinham criação pequena de patos e perus e que generosamente nos davam, de vez em quando, ovos e alguma carne. Tinham, porque há uns meses, esses malditos desocupados, malfeitores de uma figa, resolveram assaltar os tios e levaram não só as patas e as peruas (espertinhos que eles foram em levarem as fêmeas), como também pipas de vinho. E pronto, numa noite foi-se o trabalho, o tempo, o dinheiro e o sustento de pessoas que trabalharam para merecerem o que a terra lhes ia oferecido.
Desabafo à parte, o arroz de peru (cuja carne veio do supermercado) que poderia ter sido um arroz de pato caseiro, ficou saboroso e ainda deu para partilhar com a família.
A decência não se rouba, está dentro de nós, e isso não há mão que leve.
 
 
Ingredientes (para 5 pessoas):
2 pernas de peru
1 chouriço corrente
2 cenouras
1 tigela de arroz agulha
1/2 pimento vermelho
2 dentes de alho
1 folha de louro
1 pitada de ervas de provence
Azeite, creme culinário Becel, sal, pimento
 
 
Confecção:
De véspera, leva-se a cozer em água as pernas de peru e o chouriço durante 50 minutos. Tempera-se com sal (1 colher de sobremesa rasa), folha de louro, 2 dentes de alho, meio pimento vermelho em tiras e um pouco de ervas de Provence. Quando faltarem 15 minutos junta-se as cenouras inteiras.
Depois de tudo cozido, retira-se a carne, o chouriço e as cenouras. Reserva-se a água de cozedura.
No dia seguinte, retiram-se as gorduras e desfia-se a carne e corta-se às rodelas a cenoura e o chouriço.
Num tacho, leva-se ao lume 1 colher de sopa de azeite e uma colher de sopa de Becel líquido. Adiciona-se uma pitada de alho em pó e pimenta preta. Logo que esteja quente, junta-se o arroz e deixa-se fritar uns 3 minutos, mexendo ocasionalmente. De seguida acrescenta-se a água de cozer a carne (2 vezes a medida do arroz), tempera-se com um pouco de sal e deixa-se em lume brando. Entretanto liga-se o forno a 200º. Quando a água do arroz tiver praticamente desaparecido do tacho, retira-se do lume. Coloca-se o peru desfiado no fundo de uma assadeira com algumas rodelas de cenoura e chouriço e por cima o arroz. Em cima do arroz, coloca-se as restantes rodelas e leva-se ao forno uns 15 minutos para tostar.
Há quem polvilhe com queijo antes de levar ao forno, mas como tinha em casa queijo para gratinar, deixei ir mesmo assim, e não se perdeu nada.
 
 
Nota: Aproveitei uma tigela da água de cozer a carne, para juntar á preparação de uma sopa de couve coração que fiz na mesma altura do arroz.
Coei a gordura e, depois de ter a base da sopa ralada, acrescentei a água da carne. Ficou muito bom. A sopa (cuja base levou feijão), ficou com um sabor muito suave á carne e ao chouriço. Os meus pais adoraram!